Ano 3 - N°9 - Volume 9 - 2.010.

Revista Científica e Tecnológica, RCT .

IBCI – Institutional Business Consultoria Internacional.

HIGH IMPACT TECHNOLOGY – HIT

A RCT, da IBCI, é uma edição eletrônica mensal, que apresenta sínteses de pesquisas, levantamentos e consultorias empresariais realizadas pela empresa junto aos seus clientes e ao universo empresarial.
Esta é uma forma de compartilhar conhecimentos e de oferecer resultados afeitos aos serviços realizados. O saber e o conhecimento correspondem a um patrimônio precioso, cuja disseminação reforça as metas de produtividade, qualificação e desenvolvimento organizacional.
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Venda de noz macadamia no Brasil: uma oportunidade atraente.

Palavras-chave: noz; noz macadâmia; noz macadame; macadame; macadames; produção de noz; preço da noz; noz in-natura; venda de noz; agrocultura; cultura agrícola; fatores determinantes da produção agrícola; economia agrícola; gestão agrícola; alimentos; frutos secos.

Key-words: nut; macadamia nut; macadam nut; macadamia; macadamias; nut production; nut prices; nut in-natura; nut sales; agriculture; agroculture; determinant factors of agricultural production; food; dry fruits.

Resumo.
É analisado o processo de expansão da produção de nozes macadame no Brasil e comentado um conjunto de fatores que podem ser determinantes na explicação de seu preço atraente em termos comerciais.

Abstract.
A short and focused study of the expansion of macadamia production is developed and commented, as well as the set of determinant factors which might explain their price and maintain it attractive for producers.
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__A produção e a venda de noz macadame ultrapassam mais de 50 (cinqüenta) anos no Brasil. Portanto, ela alcança a senioridade e não se classifica como nova.
A noz macadamia ou macadame à venda em supermercados, lojas de secos e molhados, lojas de delicadezas, barraquinhas especializadas em “nuts”, ditas em inglês, ou disponíveis em cremes hidratantes e xampus, é vista positivamente como um produto fino, refinado, e que ainda é disponível em quantidade limitada.
Daí, ao ter uma oferta pequena, o preço da noz ainda é alto, o que retrai a demanda agregada pelo produto e o faz afeito ao consumo de uma elite.

O preço da noz macadamia vendida no Brasil é sumamente volátil e possui um espectro de variação elevado. A noz macadamia pode ser encontrada desde os R$ 26,00 o kilograma, in-natura, descascada e branca, com a sua essência, seu centro à disposição, até R$ 180,00, um preço bem mais alto e salgado.

Naturalmente, esta variabilidade surpreende e atemoriza o consumidor. Ele precisa a rigor encontrar um preço atraente, que se situe numa faixa, e que não apresente um desvio – padrão tão exacerbado.
Porque seriam altos os preços da noz macadâmia?

Em face aos benefícios que a noz macadamia gera, seus preços internos são bem atraentes e baixos. Saudável, a noz aumenta a expectativa de vida de quem a consome regularmente, diariamente, em até mais sete anos, na média, segundo levantamentos franceses (ver no site da Vinícola e Fazenda ABN, www.vinicolabn.com.br ). Ademais, embora à primeira vista por esta declaração ela mais pareça um “remédio”, está bem longe de sê-lo.
A noz macadâmia é antes de tudo um delicioso alimento, nutriente e nutritivo, que agrada ao paladar e se aclama com alegria até mesmo nas mesas mais refinadas, seletas e exigentes.

E possui serventia múltipla, pois dela extrai-se um óleo alimentar nobre, que corresponde a um excelente lubrificante estomacal. Em indústrias alimentares, bolos, biscoitos e sorvetes se fazem com nozes macadâmia. E na indústria de cosméticos e de artigos de beleza, a noz macadâmia é muito apreciada, por suas propriedades hidratantes, seu cheiro delicado e agradável e sua maciez.

É natural, portanto, que se forme e esteja formando uma aura positiva em torno das nozes macadâmia. Esta aura cria uma curiosidade em torno dela, e as pessoas, logo na somatória o “mercado”, passam a querer conhecê-la e a experimentá-la de perto.

Quanto mais aumenta a informação sobre as faculdades e o conjunto de propriedades da macadâmia, tanto mais a sua demanda se expande. E se os pomares se expandem, mas de forma gradual e lenta, é de se esperar que os preços permaneçam “altos”, quando de fato não o são.

De fato, é bom lembrar que no mundo dos frutos secos, as nozes macadâmia possuem numerosos bens outros, que lhe são substitutos imperfeitos. Mas que competem com as nozes e lhe jogam o preço para baixo, gerando pequena margem de ganho ao produtor de macadamia. Figuram neste rol a noz tradicional; a castanha de caju; a amêndoa; a avelã; a noz do Brasil; o pistache; e o amendoim.

Entre as principais razões determinantes do preço das nozes macadâmia se encontram as seguintes:
• Disponibilidade quantitativa do produto;
• Oferta dada uma nova safra que entra;
• Consumo no mercado doméstico;
• Consumo no mercado internacional. Logo, a existência de uma economia saudável, ou não, que esteja estabilizada ou não, neste caso, fragilizada. A noz macadamia é uma commodity por excelência e seu preço é determinado no mercado internacional.
• Custo de produção, que inclui o trato do pomar de nozes macadâmia; o preço da mão de obra; o custo dos fertilizantes, como nitrogênio, fosfato e potássio; as taxas e os impostos; e a manutenção da infra-estrutura industrial associada a esta produção;
• A descoberta de novos usos para a noz;
• O prazo bastante demorado para que um pomar comece a apresentar rendimento, próximo aos 10 a 12 anos;
• O custo de reposição das mudas, que nem sempre se adaptam integral e igualmente a um terreno e que acabam requisitando substituição, o que encarece a produção;
• Outros fatores, como as mudanças climáticas e seu crescente radicalismo, o que modifica o regime dos tratamentos fito-sanitários e o processo de atuação do pessoal em campo.

Perspectivas das nozes macadâmia – macadame.
Haja vista os fatores anteriormente detalhados e analisados, pode-se afirmar que as perspectivas das nozes no Brasil são excelentes, venturosas e bem positivas.

Embora possa haver uma expansão do cultivo da árvore na América e em outros continentes, dada a rusticidade que ela apresenta e os preços aparentemente atraentes, em função da demanda internacional e local, a expansão produtiva se assevera “moderada”.

As frutas secas substitutivas da noz macadame freiam sua expansão. Culturalmente, é forte a presença da castanha de caju, assim como a do amendoim, vendidos a preços “irrisórios” no mercado doméstico.
E como os diferenciais de preços são significativos, eles limitam a expansão da oferta em ritmo mais acentuado, a favor da noz macadame.

É interessante perceber que mais recentemente, dada a sobrevalorização cambial, que dificulta e impede sobremaneira as exportações, sem que exista nenhuma medida de política internacional compensatória a favor dos noticultores de macadame ou outros frutos secos brasileiros; e dada a queda drástica na demanda agregada dos países ricos em função da crise mundial de 2008-2009, que prossegue, embora a ritmo de lenta retomada, os produtores procuraram voltar-se ao mercado interno.

Sucede que além deste ter os seus limites, ele está “tomado”, dominado por grupos de interesses bem caracterizados, no circuito logístico dos produtores / beneficiadores / transportadores / distribuidores / membros de canal de varejo – terminal.

Logo, a capacidade de consumo pode existir no mercado, mas a vontade de abrir mais esta opção ao consumidor é assunto de estratégia comercial dos fortes grupos de supermercadistas.
Estes, caso interessados, podem encontrar na noz macadames uma interessante e versátil fonte adicional e importante de renda.

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Schwarcz, Joe e Berkoff, Fran – Alimentos Saudáveis e Alimentos perigosos – Guia prático para uma alimentação rica e saudável; Reader’s Digest Brasil; ISBN – 85-7645-069-0; 2.006.
Site da Vinícola e Fazenda ABN – venda de nozes macadâmia; www.vinicolabn@ibci.com.br .
Vallerio, Ciça – Remédios da Natureza; O Estado de São Paulo; 2.005.



Istvan Kasznar – Ph.D

Professor Titular NRD6 da Fundação Getúlio Vargas, na EBAPE – Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas;
Professor – Conferencista do IBMEC; PUC – Pontifícia Universidade Católica e UERJ – Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
CEO da IBCI – Institutional Business Consultoria Internacional e da VFABN.
Conselheiro Econômico do Instituto Dannemann Siemsen da Propriedade Industrial – IDS.


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