Ano
3 - N° 4 - Volume 4 - 2.009
Revista
Científica e Tecnológica, RCT .
IBCI – Institutional Business Consultoria Internacional.
HIGH
IMPACT TECHNOLOGY – HIT
A
RCT, da IBCI, é uma edição eletrônica
mensal, que apresenta sínteses de pesquisas, levantamentos
e consultorias empresariais realizadas pela empresa junto
aos seus clientes e ao universo empresarial.
Esta é uma forma de compartilhar conhecimentos
e de oferecer resultados afeitos aos serviços realizados.
O saber e o conhecimento correspondem a um patrimônio
precioso, cuja disseminação reforça
as metas de produtividade, qualificação
e desenvolvimento organizacional.
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Geolocalização,
Geomarketing e pensamentos tópicos
sobre palavras-chave
na área.
O desenvolvimento e o crescimento
da Geolocalização e do Geomarketing são
um fato recente e crescente.
A facilidade dada e promovida pelos fenomenais instrumentos
da moderna computação e da cibernética
avançada, permitem que dados, fotografias, mapas,
ilustrações e informações
diversas, outrora espalhadas e colecionadas para darem-se
evidências de potencialidade econômico-financeira
para uma localidade, sejam tratadas em conjunto.
Esta mudança, que significa a integração
de dados, com a criação de indicadores de
toda sorte, mal começou em Geolocalização
e em Geomarketing.
Contudo, ela é sumamente importante e bem-vinda.
Significa racionalização, composição
de uma visão plural sobre uma localização
geográfica, compreensão econômica
do que sucede numa região ou num nano-local, leia-se,
nano ponto de localização.
Assim, os empresários passam a dispor de bem melhores
condições para alocar recursos, e acertar
no seu processo de investimento em pontos de localização
de unidades fabris, unidades de vendas, unidades de serviços
e assim por diante.
Um local é caro. E investir em imobilizado só
compensa no longo prazo. Logo, um bom trabalho de Geolocalização
supera a fase da localização ótima,
para adentrar em propostas de levantamento cadastral,
que servirão para alimentar eletronicamente os
mapas digitalizados, que são cada vez mais precisos,
melhores e mais adequados para espelhar a realidade das
vendas; o potencial das vendas; e a estimativa futura
e pretendida de vendas, que se queira ter ou se pretender
estimar, numa nano-região, num nano-espaço,
algo que antes era descrito como micro-região e
micro-espaço dá condições
de aproximações e zooms cada vez mais aprimorados.
Os dados dos setores censitários, que num município
abrem bairros inteiros em detalhes numéricos e
visuais crescentes, facilitam ainda mais o estudo probabilístico
de micro, leia-se nano – localização; cadastramento
de clientes potenciais, ativos e de interesse-alvo em
marketing para relacionamentos, vendas e ações
comerciais.
Mediante a aposição de coordenadas, latitude
e longitude de um ponto, de uma área ou similar,
a geolocalização eletrônica permite
atraentes ilustrações cartográficas
para a compreensão de áreas de concentração,
desconcentração, nichos mercadológicos
e assuntos correlacionados, que permitem a melhor localização
de clientes, potenciais cadastros de clientes atraentes,
e com isto a potencialidade da melhor localização
em vendas de varejo.
Embora a aposição de pontinhos, bolinhas,
círculos, agulhas e que tais tenha exercido um
certo fascínio entre os analistas de geolocalização,
há de se admitir que há prós e contras
no ato de se decidir um investimento geolocacional baseado
em mapas e ilustrações pontuais.
Entre os prós, ou fatores determinantes de geolocalização
cartográfica, resumem-se como principais os seguintes:
- a visibilidade é fácil e imediata;
- a concentração e a desconcentração
de lojas, fábricas, pessoas, firmas e afins é
fácil de identificar e dá a exata noção
da concentração, da aglomeração,
algo que a ortocartografia fornece cada vez e mais, melhor
ainda;
- facilita a evidenciação do óbvio:
onde há e onde não há um elemento
buscado, procurado como alvo;
- não exige maior conhecimento nem especialização
por parte do artista que apõe as agulhas, bastam
saber ler e escrever, ter bom senso e botar a agulha no
endereço certo; e
- não exigem maiores conhecimentos matemáticos,
estatísticos, econométricos. Simplesmente,
dá evidências interessantes, pitorescas,
ilustrativas, firmes, sobre concentrações
aparentes.
Entre os contras da aposição de bolas e
agulhas em mapas – não que isso não possa
ser acertado ou corrigido por mecanismos modernos, que
aumentam e diminuem o tamanho de círculos, entre
outros, podem figurar:
- nos mapas, bolas iguais para todos os elementos pontuados
homogeneízam os figurantes,ignorando diferenças
em vendas; despesas; pessoal empregado; montante de renda;
sexo; idade e afins. Isto é, a diferenciação
é esquecida. Logo, perde-se preciosa substancia
analítica, que apenas a análise econométrica,
estatística, econômica, microeconômica,
nanoeconômica e de microlocalização
condicionada a pesquisa operacional, pode fornecer;
- a impressão de manchas de concentração
é muito equivocada para a definição
de negócios; potencial de vendas e capacidade de
amalgamar clientes. Um dos melhores argumentos para explicar
isto é que uma filial pode figurar como um ponto
aparente de compras, logo como cliente potencial. Mas
na verdade, o que conta é a matriz, onde se toma
a decisão de compra e se compra de fato. Caso não
se atente a esta questão, que sequer é uma
sutileza, grandes erros de decisão de localização,
de cadastramento, de registro de clientes efetivos e potenciais
podem ser feitos;
- mapas, caso trabalhados isolados de um conceito analítico
numérico, ajudam a ver, ilustrar, desenhar o que
está aonde, na ótica de quem faz marketing
e se preocupa e lida com pontos de distribuição.
Mas pontos de distribuição e vendas se localizam
por conta de muitos outros fatores determinantes. É
preciso levá-los em conta, tais como: disponibilidade
de acesso por vias, rodovias, ferrovias, portos, aeroportos
e outros meios; capacidade de gerar comunicação
física fácil com os centros de consumo desejados,
ideais, vistos como alvos marcantes; e
- alguns analistas acham que porque possuem acesso a
um material cartográfico – que é útil
e pode ser importante – conseguem explicar com um modelo,
o Cartográfico, os principais fatores determinantes
da boa e correta localização. Errado. Um
bom Modelo pode ser necessário, contudo, pode ser
e geralmente é, insuficiente. Logo, é preciso
combinar este, com o Modelo Geoanalítico, de Geomarketing
Quântico, que mediante o uso perseverante e cuidadoso
da econometria sobre microdados e nanodados, estipula
melhor o que realmente há de se fazer.
Isto é, do anteriormente exposto, fica clara a
utilidade positiva da cartografia moderna em Marketing,
em Geolocalização e para políticas
de Distribuição.
Os mapas, as fotos, as cartografias georeferenciadas
são cada vez mais e melhores aliadas dos geoanalistas,
dos geolocalizadores, dos geodistribuidores e dos geoutilitaristas,
lato senso.
Mas é preciso ir com cuidado com o andor.
É fundamental balizar o que se vê em cartas,
mapas, desenhos de ruas, avenidas, praças, distritos
industriais e portuários, e o que mais seja, com
dados econométricos, econômicos, estatísticos
e matemáticos.
Quanto mais número, quanto mais funções,
quanto mais regressões múltiplas e análises
estatísticas de distribuição, tanto
melhor. Nesse caso sim, unidas, aliadas, casadas, a cartografia
moderna e a econometria, a estatística e a matemática
da localização contida na pesquisa operacional
consolida, casada, harmonizada, a análise.
Nesse sentido, uma vez feito e alcançado o estágio
geoanalítico, de geo-análise, de geo-referenciamento
no quantum, no quantitativo, tanto melhor será
o estudo feito e maiores serão as probabilidades
de um estudo resultar no sucesso de localização
desejado.
Palavras-chave
da geolocalização, do geo-referenciamento
moderno, dado o novo contexto.
O que se pretende nesta sintética seção
é chamar a atenção do leitor a questões
que merecem a sua atenção analítica,
quando ele empreender análises com fins de marketing
de Localização.
A espectrometria, a análise de espectros e perfis
de negócios mediante as mais novas tecnologias,
é fundamental para a capacitação
de decisões acertadas. Quanto mais, num ambiente
cada vez mais competitivo e no qual os dados são
mais e mais acessíveis, a ponto de pouco diferirem
quanto à capacidade de acesso por parte dos agentes
econômicos.
Se no passado os dados eram mais cerceados, censurados
e disponibilizados com restrições, no mundo
da Nova Economia, da Informática e da tecnologia
da Informação, o que se vê é
acesso a todo tipo de dados. Há uma crescente democratização
na disponibilidade de dados.
Sejam dados econômicos, demográficos, financeiros,
de saúde, de educação, de segurança
público e muito mais áreas. Isto também
é verídico para dados de setores censitários,
de distritos, de zonas, de bairros, de municípios
e estados federativos e da federação.
O grande desafio não é mais o de se ter
acesso a dados. O desafio maior, é como tratá-los,
para que eles, e especialmente os nano-dados, tenham utilidade.
O desafio maior não é mais o de se ver
uma carta repleta de endereços geo-referenciados,
com bandeirinhas e bolinhas a ilustrar quem está
aonde. É o de se alocar os dados econômicos,
demográficos, financeiros, securitários,
agrícolas, industriais, de serviços, no
mapa, por elemento econômico e ente vivo ativo –
nada de considerar empresas extintas, semi-ativas, falidas
ou ex-officio – atual, atualizado, nos mapas, com capacidade
em transformá-los em ortocartografia dinâmicas
em tempo real.
A ortocartografia espectral em tempo dinâmico condicionado
à evolução econômica de dados
com projeções econométricas abre
uma nova fronteira, fabulosa, a quem quer evitar erros
de cadastramento, localização, instalação,
imobilização de sua rede de lojas e capitalização
mediante distribuição que cria coberturas
territoriais plenas.
Essa ortocartografia é a ponta da tecnologia atual,
na qual se pautam e baseiam as empresas líderes
em geolocalização, geo-referenciamento,
geoeconomia, geoeconometria e geolocalização
avançada.
Sejam pequenas, sejam grandes, imensas redes de varejo,
todas precisam mirar esta nova tecnologia. A tecnologia
ortocartografia econométrico-espacialmente referenciada.
Neste âmbito, merecem pensamentos, debates analíticos
e decisões quando se promovem instrumentações
alocativas na área de Marketing para a Distribuição
e Otimização da área de Vendas, temas
como os seguintes, dados por palavras-chave, que deixamos
ao ilustre leitor, leitora, para pensar, meditar e decidir
a respeito.
Alguns termos são em inglês, outros na nossa
língua materna, o português. Em certos casos,
por serem ainda bem novas as expressões, as deixamos
originais para manter o significado original e pensar
em futuras traduções mais adequadas.
A proposta não se afeiçoa a uma ordem,
ou a um encadeamento ideal de ações. Isto
porque um pensamento associativo das diversas ações;
de sua profundidade individual e combinada, necessitariam
ser feitas. Portanto, inexiste uma busca pior prioridades,
até porque conforme cada caso e pesquisa, a ordem
das ditas prioridades pode mudar.
No uso destes elementos, também e não exclusivamente,
reside a capacidade de se melhorar a decisão de
alocação de recursos na empresa, a saber:
- Bounding Box Model Problem;
- Holistic Bounding Box Model;
- Bounding Box Model by Layers;
- Creating a Bounding Box trough maps;
- Local Sensing;
- Remote Sensing;
- Land Cover; Land Use; Maps; Spatial View trough Maps;
Spatial Occupation Models;
- Mapeamento Digital;
- Mapeamento Analógico;
- Conversão do estado da arte na área analógica
e digital, do geomapeamento, do geo-referenciamento, do
geotratamento de dados estatísticos e econométricos;
- Ato de Compartilhar dados, mapas, cartas, unificando=-as
mediante estratos;
- redundância cartográfica;
- Como apropriar dados, visões, posições,
desenhos, bens públicos e privados, fatores políticos
e outros, que evitem a redundância em dados;
- TI – Tecnologia da Informação;
- Racionalização da TI – Tecnologia da
Informação;
- Como atuar com uma TI – Tecnologia da Informação
integrada, na empresa toda;
- Interoperabilidade entre dados e estatísticas
de Geografia; Geoinformação; Geoestatística;
Geoeconomia e Geoanalítica;
- Geomarketing gerador de valor, na cadeia de valor;
- Fazer Valor Agregado à Empresa, com Geoanalítica
e GeoInteligência;
- Dar suporte a negócios, a um negócio,
a uma linha de negócios, mediante temas geo, de
geo-referenciados, geoanalítico, geointeligência,
geoeconômicos, entre outros, para a criação
de fluxos crescentes e positivos de negócios;
- Para reforçar o uso eficaz, eficiente, efetivo
e com efetividade das ações georeferenciadas,
geointeligentes e geoanalíticas, é preciso
pensar que o geo precisa fazer parte de uma estrutura
macro, maior, mais elevada. Nela, figuram como que numa
estrutura de guarda-chuva as políticas; as normas;
os padrões; as regulamentações (da
terra; da Lei de Uso dos solos; e afins); que geram também
a geointeligência;
- Na moderna geointeligência, precisa ser feita
a descoberta de dados primários existentes e daqueles
que se podem produzir, mas ainda inexistem. Isto implica
num trabalho que pode ser bem generoso em resultados,
após levantamentos, avaliações, aplicações
de modelos econômicos e estudos econométricos;
- Grandes são os obstáculos à otimização:
quem souber ultrapassá-los vencerá um mercado
promissor. Entre eles, constam: a pulverização
de dados por inúmeras fontes; as fontes irregulares;
as mudanças em cálculos e metodologias,
que desfazem a coerência serial dos dados; a falta
de normatização de certas fontes de dados;
e afins;
- Metadados é assunto crítico e precisa
ser trabalhado.
Em resumo, o trabalho cartográfico e da disponibilização
de dados ordenados para geolocalização evoluiu
extraordinariamente nos últimos trinta anos. Com
a TI – Tecnologia da Informação à
disposição, maiores desafios podem ser resolvidos,
contudo com mais trabalho por fazer.
É hora de aproveitar as oportunidades e buscar
a integração formal cartografia digital
e geointeligência analítica.
Istvan
Kasznar – Ph.D
Professor Titular NRD6 da Fundação
Getúlio Vargas, na EBAPE – Escola Brasileira
de Administração Pública e de Empresas;
Professor – Conferencista do IBMEC; PUC –
Pontifícia Universidade Católica e UERJ
– Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
CEO da IBCI – Institutional Business Consultoria
Internacional e da VFABN.
Conselheiro Econômico do Instituto Dannemann Siemsen
da Propriedade Industrial – IDS.
istvan@fgv.br | istvan@ibci.com.br
I.
B. C. I. - Institutional Business Consultoria Internacional
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