TEXTOS QUENTES
004 - IBCI
- Estabilidade Macroeconômica, Política
Monetária e
Taxas de juros no Brasil - Continuação
(6)
Por
Istvan Kasznar - PhD.
istvan@ibci.com.br
O desenvolvimento
se efetiva de formas numerosas. Estas formas hão
de ser incentivadas ao mesmo tempo, evoluindo tal
e qual uma bela melodia tocada por uma boa orquestra.
É necessário agir a favor de toda a
população, dirigindo ganhos evidentes
a ela nas políticas públicas, que sejam
de cunho social e privado; mediante o uso de uma legislação
de bom senso, calcada nas reais necessidades e capacidades
de produção; com o incentivo ao cumprimento
de acordos; com a promoção a todo custo
do comportamento ético de todos os agentes
econômicos; com a punição exemplar
dos que não aderem a programas de moralização
e de ética; com o afastamento das pessoas que
promovem o desperdício, a corrupção,
e a violência; com o incentivo a uma burocracia
pública capacitada a agir em prol de políticas
públicas integradas; com a minimização
das diferenças sociais; com a ampliação
criativa das oportunidades empresariais e empreendedoras;
com o incentivo aos empregos e à educação
técnica, especializada; mediante a oferta de
condições de produção
iguais para todos; mediante o encaminhamento das novas
gerações e dos que ambicionam o empreendorismo,
a espaços não ocupados pelas empresas
dominantes; e com a promoção do mercado
de crédito e de capitais.
O desenvolvimento ocorre quando
todas as condicionantes do parágrafo anterior
se verificam. E certamente é primordial atuar
a favor das condições que fortalecem
uma mentalidade de poupança. A guarda segura,
a preservação e a capitalização
intertemporal de valores é essencial para que
as pessoas passem a confiar suas poupanças
aos intermediários financeiros, por períodos
prolongados.
Em compensação, estas
poupanças, capitalizadas, aumentam a capacidade
futura de consumo aos seus titulares e alavancam a
capacidade presente dos empresários obterem
dinheiro mais barato, logo a taxas de juros mais baixas,
que lhes reduzem a estrutura de custos de produção,
aumentam sua produtividade e elevam a preços
menores a demanda local e internacional por produtos.
O Brasil precisa aprender a poupar.
No meio desta diáspora de longo prazo que se
abateu sobre si. Esta é uma pré-condição
do desenvolvimento. Somente é com poupanças
próprias em grande volume, estáveis
– que nos faltam, com um mercado financeiro
doméstico forte – que possuímos
– e com rotas bem firmes e assentadas de crescimento
auto-sustentável, de inflação
mínima friccional e de reservas internacionais
ascendentes por contas comerciais externas e de capital,
é que se verificará o verdadeiro, tão
almejado, desenvolvimento.
E que, com a aplicação
empírica dos bons métodos integrados
de desenvolvimento, ocorra o desenvolvimento da virada,
do milênio!
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Este artigo foi cedido à ACREFI, pelo Prof. Istvan
Kasznar.
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