TEXTOS QUENTES
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- IBCI -AS TAXAS DE JUROS PRATICADAS NO BRASIL
Por
Istvan Kasznar - PhD.
istvan@ibci.com.br
__A
indignação da nação com
as taxas de juros elevadas praticadas no país
é procedente. Não é possível
fazer compras no crediário, nem investimentos
maciços, nem aplicações sem risco,
num quadro de custos financeiros escorchantes.
Todavia, o foco do problema
não está nas taxas praticadas pelos
bancos. Pode até haver um abuso aqui ou acolá.
O problema está
na magnitude da dívida interna pública,
na estrutura macro do Estado, nas demandas por serviços
e bens públicos, no empobrecimento da população;
e na incapacidade de atração de capitais
estrangeiros para fins de parcerias.
Para girar a dívida,
o Estado drena as disponibilidades financeiras do
setor privado para si, instituindo uma poupança
forçada.
Os altos depósitos
compulsórios e o dirigismo que afeta a forma
de atuação dos gestores de fundos de
renda fixa e variável, reduzem para patamares
irrisórios os recursos bancários livres
para empréstimos. De tão raros e obrigados
a compensarem com retorno bancário também
os recursos captados com títulos remunerados,
mas congelados nos compulsórios, esses recursos
se tornam caros, impagáveis.
Por esta razão,
enquanto o governo não se auto-enxugar para
padrões capazes de serem pagos pela sociedade,
os juros continuarão altos e isso não
tem nada a ver com as atitudes dos bancos.
- Este artigo foi cedido à ACREFI, pelo Prof.
Istvan Kasznar.
- Leia mais na Revista Financeiro, da ACREFI.
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